Precisamos evitar Estímulos Estressantes na Infância
Estresse é uma reação normal e desejável do organismo frente a situações muito excitantes ou muito difíceis.
Estímulos ESTRESSANTES são NEGATIVOS na infância.
O estresse não é uma doença, porém, quando a reação a uma situação estressante é intensa e prolongada, o organismo pode ser debilitado, existindo uma disfunção do sistema imunológico, o que pode determinar o aparecimento de sintomas e doenças.
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Desde a gestação, especialistas afirmam que estresse nesse período pode causar dentre outros problemas, atraso no uso da linguagem e respiratórios. Atualmente, o estresse está cada vez mais presente na vida dos seres humanos.
Sabemos que o estresse causa muitos prejuízos à saúde, no entanto, tem sido difícil evitá-lo.
A mulher desde século, com tantas tarefas vive uma vida estressante, isso na gestação tem causado danos irreparáveis para o bebê.
Pesquisas apresentadas na conferência da American Thoracic Society em Toronto relatam, que gestantes estressadas podem aumentar as chances de o bebê sofrer com alergias respiratórias, principalmente asma. De acordo com a pesquisa, o feto responde ao estresse da mãe produzindo imunoglobulina e um anticorpo relacionado ao desenvolvimento de alergias respiratórias. Com o distúrbio emocional, o organismo da mãe diminui as barreiras que evitam que o bebê tenha contato com substâncias que façam mal a ele. “As defesas maternas diminuem e o bebê fica mais predisposto a riscos nessa gravidez”, afirma Lister de Macedo Leandro (Ginecologista / Obstetra do Hospital São Luiz.
Outras pesquisas realizadas na Escola de Farmácia da Universidade Hebraica de Jerusalém e também no Imperial College em Londres relatam que o estresse durante a gestação pode atrasar o desenvolvimento da criança, causando problemas de atenção e aprendizagem, ansiedade, sintomas depressivos, atraso no uso da linguagem, maior risco de apresentar transtorno de déficit de atenção, hiperatividade e até autismo.
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Segundo os estudos, o estresse na gravidez tem maiores impactos sobre o bebê do que a depressão pós-parto.
A partir dessas pesquisas podemos perceber que antes mesmo do nascimento os seres humanos podem enfrentar inúmeras situações de estresse. Com as experiências da vida a capacidade de enfrentamento e maturidade emocional vai aumentando.
A capacidade com que cada individuo administra situações de estresse varia muito. Durante o desenvolvimento da criança, a capacidade é ainda imatura. Enfrentar situações de estresse faz com que a mesma experimente níveis altíssimos de tensão. Situações como: nascimento de um irmãozinho, mudança de escola, mudar de casa, ficar longe dos pais, ficar com pessoas desconhecidas, doenças, ouvir muitos gritos, sofrer maus tratas, abusos, acidentes, dentre muitas outras situações podem causar o inicio de um estresse indesejado.
Aos pais, responsáveis, professores e sociedade de modo geral cabem à sensibilidade e compreensão de perceber quando o nervosismo é na verdade uma situação de estresse em demasia.
É necessário compreender quando a tensão é intolerável e quando é necessário ajudar a criança a se tranquilizar. Devemos compreender que em todas as épocas crescer e viver significa ter que enfrentar momentos angustiantes. Ao enfrenta-los é preciso abstrair aprendizagens.
“Tudo que passamos na vida nos ensina algo que levamos para sempre” (Daliane Oliveira)
Infelizmente temos observado que em tempos como o que vivemos as experiências estressantes tem sido cada vez maior, principalmente na infância. A imensa exposição a estímulos inapropriados são decorrentes. O que não é considerado bom nessa fase de desenvolvimento físico e psicológico da criança.
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Antigamente as atividades geravam menos tensão. Os horários eram cumpridos a risca, as famílias tinham o prazer e tempo para se reunir. As brincadeiras eram saudáveis e proporcionavam um sentimento favorável ao desenvolvimento. O contato com outras crianças é um fator crucial na infância. No entanto, com as novas “companhias”, celulares, tablets, computadores, vídeo game, tv, as mesmas tem recebido inconscientemente um amontoado de informações desnecessárias e impróprias para sua fase.
O mundo infantil nunca foi tão desprezado como hoje. Uma verdadeira enchente de estímulos estressantes. Crianças que não desenvolveram ainda uma estrutura mental capaz de organizar e receber tantos “lixos advindos da tecnologia e imaturidade de seres humanos instáveis psicológica e socialmente”.
Como consequência a irritabilidade, excitabilidade, desorganização interna nas mentes de pequenos seres incapazes de processar tantos excessos por vezes incompreensíveis até para nós adultos.
Marilda Lipp, pioneira nos estudos sobre estresse infantil no Brasil, mostra que uma criança muito poupada não se prepara para o mundo estressante de hoje e, por outro lado, uma criança muito exposta às adversidades, pouco protegida, não terá chance de adquirir, de modo gradual, boas estratégias de enfrentamento.
Ceres Alves Araújo (psicóloga especializada em psicoterapia de crianças e adolescentes. Mestre em psicologia clínica pela PUC-SP, Doutora em Distúrbios da Comunicação Humana pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, professora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Clínica da PUC e autora de vários livros, entre eles ‘Pais que educam – Uma aventura inesquecível’ Editora Gente), mostra os principais fatores de risco para elevação do nível de estresse na infância que são:
– Brigas constantes ou separação dos pais;
– Nascimento de irmão;
– Doenças, hospitalização;
– Doença mental dos pais;
– Disciplina confusa por parte dos pais;
– Expectativas ou cobranças exageradas por parte dos pais;
– Rejeição ou “bullying” por parte de colegas;
– Excesso de atividades;
– Mudanças constantes de cidade;
– Mudanças constantes de escola;
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Quanto aos fatores de proteção para evitar elevação do nível de estresse na infância, Ceres destaca, entre outros:
– Boa saúde;
– Pais atentos e sintonizados às necessidades do filho;
– Cuidadores e professores competentes e sensíveis à criança;
– Capacidade de tolerância à frustração no esperado para a idade;
– Curiosidade e interesse para lidar com situações novas.
Contudo que foi exposto devemos entender que crianças “criadas” em ambientes estressantes, com pais estressados, se tornam filhos estressados, tristes e impacientes.
Pais pouco presentes que delegam suas responsabilidades a terceiros geram muito mais que apenas estresse. A presença, atenção, carinho e autoridade sobre os filhos é uma premissa básica para formação e desenvolvimento dos mesmos. Fase de suma importância para toda a vida.
Por vezes na escola elas ainda tem que lidar com situações piores. Professores por vezes despreparados, estressados, sem condições para exercer a função concedida. Com pouca ou nenhuma autoridade, sem voz ativa, insensíveis, sem olhar diferenciado, dentre tantos outros problemas que só afetam ainda mais as situações ocorridas no lar.
O contrário também é verdade, quando a criança se depara com profissionais altamente preparados, emocionalmente bem estabelecidos, carinhosos, compreensivos, com um olhar diferenciado para cada situação apresentada, com uma prática pedagógica bem definida e flexível as mesmas podem ter uma contribuição significativa e muito importante.
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É fundamental adquirir uma nova postura diante dos acontecimentos que certamente marcam esse século. E que realmente não são poucos e que devem ser levados a sério por todos.
Referências:
MORAES, Paula Louredo. “Estresse na gravidez”; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/biologia/estresse-na-gravidez.htm>. Acesso em 07 de fevereiro de 2018.
http://www.vyaestelar.com.br/post/3511/psicologa-explica-o-estresse-na-infancia
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