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10 Formas para Identificar Sinais de TDAH em Adolescentes!

Identificar o TDAH em adolescentes é um desafio, pois os sintomas se manifestam de forma diferente das crianças. A hiperatividade motora often se internaliza, e os prejuízos nas Funções Executivas tornam-se o centro do problema, impactando drasticamente a vida acadêmica, social e emocional.

Aqui estão 10 formas para identificar sinais de TDAH em adolescentes:

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1. Análise Detalhada da História Escolar e do Desempenho Acadêmico

  • Como identificar: Investigar um histórico de notas inconsistentes (vai bem nas provas, mas tem zero nas tarefas), ciclos de “começar bem o semestre e decair”, e uma disparidade entre o potencial intelectual conhecido e o desempenho real. Notas baixas estão frequentemente mais ligadas a esquecimento de entregar trabalhos, falta de organização do que a não compreensão do conteúdo.

2. Avaliação Específica das Funções Executivas

  • Como identificar: Aplicar instrumentos (formais e informais) e usar entrevistas para avaliar:
    • Planejamento e Organização: Dificuldade extrema em planejar etapas para um trabalho longo (ex.: monografia), gerenciar tempo e priorizar tarefas.
    • Inibição de Respostas: Impulsividade em responder perguntas (interrompendo os outros), dificuldade em esperar a vez e tomar decisões precipitadas.
    • Memória de Trabalho: Esquecer instruções complexas, perder o fio da meada em explicações e ter dificuldade de manter informações em mente enquanto executa uma tarefa.
    • Flexibilidade Cognitiva: Dificuldade em mudar de estratégia, perseverar em erros e adaptar-se a mudanças na rotina.

3. Observação Comportamental durante a Avaliação

  • Como identificar: Observar sinais de inquietação motora sutil (balançar as pernas, tamborilar os dedos, rolar a caneta), dificuldade em permanecer sentado por toda a sessão, facilidade para se distrair com estímulos externos (barulho na rua) ou internos (devaneios), e tendência a desviar do tema da conversa.

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4. Entrevistas Estruturadas com o Adolescente e a Família

  • Como identificar: Usar questionários padronizados (como ASRS-18) e entrevistas semiestruturadas para investigar sintomas em diversos contextos (casa, escola, social). Perguntar sobre:
    • Gerenciamento de tempo: “Você frequentemente subestima o tempo que uma tarefa vai levar?”
    • Organização pessoal: “Como está a organização do seu quarto e da sua mochila?”
    • Procrastinação: “Você adia tarefas chatas ou difíceis até o último minuto, mesmo sabendo que é importante?”
    • Esquecimentos: “Você já esqueceu compromissos, materiais ou datas importantes?”

5. Análise de Auto relatos sobre o Processo de Estudo

  • Como identificar: Perguntar como o adolescente estuda. Relatos de necessidade de absoluto silêncio para se concentrar, dificuldade para iniciar as sessões de estudo, fácil cansaço mental ao ler textos longos e complexos, e sensação de que “estuda há horas mas não absorve nada” são indicativos fortes.

6. Investigação do Padrão de Comportamento em Atividades Longas e Chatas

  • Como identificar: Um dos sinais mais clássicos é a variabilidade na performance. O adolescente pode apresentar hiperfoco em atividades de alto interesse (vídeo game, montar algo) mas uma incapacidade paralisante de engajar-se em atividades monótonas, repetitivas ou que exijam esforço mental sustentado (estudar para uma prova de história).

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7. Identificação de Comorbidades Emocionais

  • Como identificar: Ficar alerta para sinais de ansiedade, baixa autoestima, desânimo e sintomas depressivos. Muitas vezes, esses são os motivos que levam o adolescente a buscar ajuda, mascarando o TDAH subjacente. A frustração crônica por não corresponder às expectativas (“você tem potencial, mas não se esforça”) é um fardo emocional enorme.

8. Avaliação das Habilidades Sociais e de Relacionamentos

  • Como identificar: Dificuldades em manter amizades devido à impulsividade (falar sem pensar, intrometer-se), inconsistência (esquecer combinados), dificuldade em “ler” pistas sociais e seguir o ritmo de conversas em grupo. Podem ser percebidos como “estranhos” ou “avoados”.

9. Uso de Instrumentos Neuropsicológicos e Psicopedagógicos Formais

  • Como identificar: Aplicar testes específicos que avaliam atenção sustentada, atenção dividida, controle inibitório e velocidade de processamento. Exemplos: Teste de Trilhas (TMT), Teste de Atenção por Cancelamento, Teste de Stroop e subtestes da WISC/WAIS que avaliam memória de trabalho e velocidade de processamento.

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10. Triagem de Dificuldades de Aprendizagem Associadas

  • Como identificar: Realizar uma avaliação psicopedagógica completa para descartar ou identificar comorbidades comuns, como Dislexia, Disgrafia ou Discalculia. O TDAH frequentemente coexiste com outros transtornos, e é crucial ter um panorama completo para um plano de intervenção eficaz.

Aviso Crucial: O papel do psicopedagogo/neuropsicopedagogo não é fechar um diagnóstico médico de TDAH. Essa é uma atribuição do médico (neurologista ou psiquiatra). O papel desses profissionais é:

Atuar na intervenção e reabilitação das funções executivas e das estratégias de aprendizagem após o diagnóstico, em conjunto com a equipe médica.

Identificar os sinais e sintomas no contexto da aprendizagem e das funções cognitivas.

Elaborar uma hipótese fundamentada com base em sua avaliação.

Encaminhar para uma avaliação médica multiprofissional, fornecendo um relatório detalhado de suas observações.

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