Psicopedagogia

Acompanhamento Psicopedagógico no Ensino Superior

Os profissionais da Psicopedagogia são sem sombra de dúvida os mais indicados para tratar das questões voltadas para o processo de aprendizagem.

 “Engana-se quem pensa que problemas de aprendizagem só ocorrem com crianças, e que o adulto está pronto para a era do conhecimento. A queixa de universitários que não entendem nada do que  leem é uma realidade”.

Psicopedagogos são profissionais preparados para atender crianças (e) ou adolescentes, adultos e idosos com problemas de aprendizagem, atuando na sua prevenção, diagnóstico e tratamento.

Eles identificam as dificuldades e os transtornos que interferem na assimilação dos conteúdos. Promovem intervenções em caso de fracasso, evasão escolar, desistência, falta de estímulos para aprender, dentre outros fatores.

Atualmente, a sociedade assiste ao caos da escola pública que forma alunos com sérias lacunas nos seus conhecimentos e grandes dificuldades para a aprendizagem.

Fatos que acabam ficando bastante evidenciados quando esses alunos atingem o ensino superior.

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O que pode caracterizar um aluno que vem fracassando no ensino superior do ponto de vista da aprendizagem?
ensino superior aluno psiqueasy
Quais as intervenções e ações que psicopedagogos podem e devem realizar com os mesmos?

Quando um aluno chega à instituição superior e não consegue usufruir do ensino que ela e seus mestres promovem, acompanhar suas leituras e exercícios, desenvolver habilidades, aprender a acessar o conhecimento, algo esta errado com a aprendizagem do mesmo.

O termo dificuldades de aprendizagem engloba um grupo heterogêneo de transtornos. Manifestando-se por meio de atrasos ou dificuldades em leitura, escrita, soletração e cálculo, em pessoas com inteligência potencialmente normal ou superior e sem deficiências visuais, auditivas, motoras, ou desvantagens culturais.

Geralmente não ocorre em todas essas áreas de uma só vez e pode estar relacionada a problemas de comunicação, atenção, memória, raciocínio, coordenação, adaptação social e problemas emocionais (SISTO, 2001).
A partir dessas considerações podemos afirmar que nesses casos apontados acima é necessário acompanhamento psicopedagógico.

Conforme Sisto (2001), as co-ocorrências precisam ser investigadas e merecem especial atenção daqueles que lidam com os indivíduos com dificuldades de aprendizagem. Smith e Strick (2001) apontam que:

… “o termo dificuldades de aprendizagem refere-se não a um único distúrbio, mas a uma ampla gama de problemas que podem afetar qualquer área do desempenho acadêmico. Raramente, elas podem ser atribuídas a uma única causa: muitos aspectos diferentes podem prejudicar o funcionamento cerebral, e os problemas psicológicos dessas crianças frequentemente são complicados, até certo ponto, por seus ambientes doméstico e escolar”.

O ambiente escolar também pode ser ou não estimulante, oferecendo ou não as oportunidades apropriadas de aprendizagem, não bastando somente ser capaz de aprender.

Se o sistema educacional não oferece isso, os alunos talvez nunca possam desenvolver sua faixa plena de capacidades, tonando-se efetivamente ‘deficientes’.

Embora nada haja de fisicamente errado com eles […] a verdade é que muitos alunos “fracos” são vítimas da incapacidade de suas escolas para ajustarem-se às diferenças individuais e culturais (SMITH e STRICK., 2001, p.33-34).

Esses fatores apontados acima são visivelmente levados pelos alunos por muito tempo, chegando até a vida acadêmica. Problemas na vida acadêmica em relação a aprendizagem atualmente são mais comuns do que se imagina.

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Observe os índices segundo o Censo da Educação Superior que traçou um perfil dos estudantes ao longo da graduação, considerando as taxas de permanência, conclusão e desistência.
desistencia ensino superior

Os dados relativos ao ano de 2015, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) revelam um acréscimo desordenado na taxa de desistência do curso de ingresso. Na avaliação da trajetória dos alunos entre 2010 e 2014.

Em 2010, 11,4% dos alunos abandonaram o curso para o qual foram admitidos. Em 2014, esse número chegou a 49%.“Este Censo da Educação Superior reforça a tese de que há uma necessidade muito grande de reforma do ensino médio no Brasil.

A mudança, proposta pela Medida Provisória nº 746/2016, terá um impacto direto nos indicadores do ensino superior”, garantiu o ministro da Educação, Mendonça Filho. Segundo ele, a ausência de orientação vocacional durante o ensino médio é um dos agravantes.

O Censo aponta que das 6,1 milhões de novas vagas em instituições públicas e privadas de ensino superior, somente 42,1% estão preenchidas e 13,5% das vagas remanescentes foram ocupadas.

Essas informações mostram que existe um problema muito grave em relação à continuidade do ensino.
problemas com aprendizagem

Alguns alunos provenientes do ensino público e por vezes até de instituições privadas que chegam à faculdade demonstram ter tido uma escolarização precária com todos os problemas que a caracterizam.

Sabemos que de fato o único motivo não é as dificuldades de aprendizagem, ou a falta de preparação durante o ensino médio, mas também as questões econômicas.

No entanto, queremos enfatizar que muitos desses alunos iniciam essa nova etapa de escolarização sem dominar conceitos e conteúdos básicos que os impedem de acompanhar as solicitações do meio universitário.

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Problemas de concentração e aprendizado na vida adulta podem ter relação com distúrbios neurológicos não diagnosticados na infância, afirma especialistas.

O que pretendemos com esse artigo é apontar e refletir acerca de algumas questões que envolvem os problemas na aprendizagem dos estudantes universitários.

Mas que podem ser uma rica oportunidade para os profissionais da Psicopedagogia, visto que os mesmos são especialistas em aprendizagem.

Ofertar atendimento aos graduandos é uma forma de aumentar e diversificar a clientela.

Também é uma maneira de fazer o trabalho psicopedagógico ser conhecido por um grupo maior de pessoas. Além de evitar que conceitos errôneos e equivocados continuem perpetuando ao longo do tempo.

“Muitos daqueles que têm dificuldade de aprendizagem são erroneamente classificados como tendo baixa inteligência, insolência ou preguiça e são solicitados por adultos (professores e pais) geralmente ansiosos e preocupados com seu rendimento, o que por si só, pode gerar o agravamento do problema” (SMITH e STRICK, 2001).

O Psicopedagogo é um agente facilitador do desenvolvimento global do individuo. Independente da idade ou grau de escolaridade, que busca proporcionar os estímulos adequados para o crescimento intelectual e emocional para aprendizagem.

O Atendimento Psicopedagógico ajuda o individuo a estabelecer uma relação positiva com a aprendizagem, conquistando assim maior autonomia na sua rotina diária no processo do ensino superior.

Para isso tais profissionais utilizam recursos e materiais que permitem aos mesmos ampliar sua visão de mundo. Enfatizando:

  • suas experiências com a aprendizagem;
  • exercitando a curiosidade;
  • o senso crítico e investigativo;
  • a atenção;
  • o pensar;
  • o refletir e analisar;
  • principalmente o prazer na produção e dedicação aos estudos acadêmicos.

É preciso analisar todas as possibilidades para iniciar outra demanda de atendimento e divulgação.

Antes de qualquer ação é necessário organizar seu material e sua apresentação, assim como sua proposta de atendimento que não é diferente do atendimento convencional.

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O processo é o mesmo, o que muda nessa questão é o público alvo, mas o foco continua sendo a “aprendizagem”.

Sendo assim, você pode elaborar seu material e ao invés de visitar só escolas. Visite faculdades, universidades, procure coordenadores de cursos. Mostre seu vasto conhecimento sobre a grande quantidade de desistências no ensino superior e suas prováveis causas.

Outra questão que também pode ser abordada refere-se à imensa quantidade de graduandos procurando terceiros para fazer seus trabalhos acadêmicos. Muitas vezes por falta de tempo, mas na sua grande maioria por dificuldade de compreender e desenvolver as propostas solicitadas.

Esse realmente é um problema que merece atenção de profissionais especializados em Aprendizagem, não é verdade?

Oferecer palestras com temáticas voltadas para:

  • Motivação;
  • Estímulos positivos para Aprender;
  • Dificuldades de Aprendizagem;
  • Superação e Aprendizagem;
  • Como chegar até o fim;
  • Como vencer as barreiras;
  • Dar testemunhos;

Oferecer momentos de reflexão em conjunto enfim, são vastas as propostas que poderão subsidiar seu trabalho nesse segmento.  Graduandos dos cursos de: Pedagogia e Licenciaturas em Geral são as turmas que mais procuram esse tipo de atendimento, pois estudam e trabalham diretamente com Ensino e Aprendizagem.

Então, você enquanto psicopedagogo pode começar por estas áreas. Já existem profissionais que fazem acompanhamento com graduandos que apresentam dificuldades em acompanhar as propostas acadêmicas. Esses profissionais enfatizam que tem sido muito interessante e gratificante tal experiência.

Seja criativo, inove, vença todos os obstáculos, não tenha medo de correr riscos e ouvir NÃO. Prosseguir é nosso maior obstáculo, vencer é nossa meta.
PsiquEasy

Leia ainda:http://blog.psiqueasy.com.br/2018/01/15/quanto-custa-espaco-psicopedagogico/

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