Psicopedagogia

Distúrbios de Aprendizagem-Dislalia

Dislalia – A fala do Cebolinha

Dislalia é a má formação da articulação de fonemas, dos sons da fala. “Não é um problema de ordem neurológica, mas de ordem funcional, referente à forma como estes sons são emitidos”, explica a fonoaudióloga Rosane Paiva. Segundo ela, este som alterado pode se manifestar de diversas formas, havendo distorções, sons muito próximos, mas diferentes do real; omissão, ato em que se deixa de pronunciar algum fonema da palavra; transposições na ordem de apresentação dos fonemas (dizer mánica em vez de máquina, por exemplo); e, por fim, acréscimos de sons. Estas alterações mais comuns caracterizam uma dislalia.

Pode ser fonética, quando o problema se apresenta somente na alteração constante de fonemas, mas a criança conhece o significado da palavra, ou fonológica, quando a criança simplesmente não ordena de modo estável os sons de sua fala.

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Para evitar tais problemas,a Fonoaudiologia deve ser também preventiva.

A maioria das pessoas ainda não tem o hábito de fazer uma avaliação fonoaudiológica preventiva, nos primeiros anos de vida, como ocorre no que diz respeito à Pediatria. Mas eu penso que se deve estar atento também à saúde da voz, da fala e da audição, e acompanhar este desenvolvimento, principalmente quando se pretende expor a criança a uma aprendizagem formal, na idade certa.

Muitos fatores podem influir para que dislalias venham a surgir: “crianças que usam a chupeta por muito tempo, ou que mamam na mamadeira por tempo prolongado, ou mesmo aquelas que mamam pouco tempo no peito terminam por alterar as funções de mastigação, respiração e amamentação. Estas crianças podem apresentar um quadro de dislalia”.

Embora não se possa dizer que haja uma relação direta, é inegável que tais crianças acabem apresentando flacidez muscular e postura de língua indevida, o que pode ocasionar dislalia. Sendo assim, a dislalia pode ser prevenida por mães bem orientadas durante a amamentação e o pré-natal.

Tipos de Dislalia:
  • Omissão – não pronuncia alguns sons – “Omei ao ola”(Tomei coca-cola).
  • Substituição – troca alguns sons pôr outros – “Telida mamãe”(Querida mamãe).
  • Acréscimo – Acrescenta mais um som – “Oceano Atelântico”(Oceano Atlântico).
  • Rotacismo – substitui o r pela letra L – “tleis”(Três).
  • Gamacismo – omite ou substitui os fonemas k e g pelas letras d e t – “tadeira” (cadeira), “dato”(gato).
  • Lambdacismo – pronuncia a letra L de maneira defeituosa – “palanta” (planta), confilito” (conflito).
  • Sigmatismo – usa de forma errada ou tem dificuldade em pronunciar as letras s e z (às vezes não consegue nem soprar ou assobiar).

tratamento da dislalia varia de acordo com a necessidade de cada criança. Em primeiro lugar, é feita uma avaliação após um contato com a família, e faz-se um levantamento histórico da criança para, só depois, iniciar o trabalho com a percepção dos sons que ela não executa. Existem crianças que têm dificuldade de perceber auditivamente os sons. O fonoaudiólogo deve, então, usar recursos corporais e visuais para chegar ao seu objetivo. Outras crianças apresentam línguas hipotônicas (flácidas), o que às vezes chega a ocasionar alterações na arcada dentária. Ou ainda, mostram falhas na pronúncia de certos fonemas devido a postura e respiração deficientes. “Para cada criança, tem-se um procedimento diferente, mas, em geral, o fonoaudiólogo atua, na terapia, sobre a falha e a dificuldade, usando, de preferência, meios lúdicos para ampliar a possibilidade de utilização dos sons, até que a criança se sinta segura”.

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Recadinho para os Professores:

-Repetir somente a palavra correta para que a criança não fixe a forma errada que acabou de pronunciar.

– É importante que o professor articule bem as palavras, fazendo com que as crianças percebam claramente todos os fonemas.

– Assim que perceber alterações na fala de um aluno, o professor deve evitar criar constrangimentos em sala de aula ou chamar a atenção para o fato. O recomendável é que não se espere muito tempo para avisar a família e procurar um fonoaudiólogo.

– Uma criança que falta às aulas regularmente por problemas de audição, como otites freqüentes, requer maior atenção.

– Os professores devem ser bem -orientados em relação a estes fatores e , para isto, é preciso que haja interação entre eles e os fonoaudiólogos.

– O ato da fala é um ato motor elaborado e, portanto, os professores devem trocar informações com os educadores esportivos e professores de Educação Física, que normalmente observam o desenvolvimento psicomotor das crianças.

– O ideal é que a criança faça uma avaliação fonoaudiológica antes de iniciar a alfabetização, além de exames auditivos e oftalmológicos.

Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgyyAAB/disturbios-aprendizagem


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Sugestões de links com atividades para trabalhar a Dislalia:

DISLALIA: Algumas atividades de reabilitação

Atividades Troca de Fonemas – Dislalia

Dislalia – Definição,atividades e intervenções

Atividades que estimulam as habilidades de consciência fonológica durante a educação infantil

Indicação de Leitura: Psicopedagogia/Psicologia/Psiquiatria/Fonoaudiologia e demais áreas da educação e saúde da mente.

Veja ainda: Critérios de Avaliação Psicopedagógica do Processamento Sensorial

Leia também: Síndrome de Down – Materiais e Atividades para Baixar e Imprimir

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