Psicopedagogia

Transtorno Opositor Desafiador, Falta de Limites ou Síndrome do Imperador?

Nem sempre é TOD, na maioria das vezes é falta de limites que não são dados pelos por aqueles que deveriam dar.

De acordo com a CID 10 – F.91.3 (Classificação Internacional de Doenças), o TOD – Transtorno Desafiador Opositivo é um “tipo de transtorno de conduta que ocorre habitualmente em crianças jovens, caracterizado essencialmente por um comportamento provocador, desobediente ou perturbador, e não acompanhado de comportamentos delituosos ou de condutas agressivas ou dissociais graves”.

tod psiqueasy

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


Advertisement

Para o diagnóstico de TOD, pelo menos quatro das características abaixo deverão estar presentes:

1) Frequentemente perde a paciência;
2) Frequentemente discute com adultos;
3) Frequentemente desafia ou se recusa ativamente a obedecer às solicitações ou regras dos adultos;
4) Frequentemente perturba as pessoas de forma deliberada;
5) Frequentemente responsabiliza os outros por seus erros ou mau comportamento;
6) Frequentemente se aborrece sem motivos;
7) Frequentemente mostra-se enraivecido e ressentido;
8) Frequentemente é rancoroso ou vingativo.

Observem algumas das características das crianças “SEM LIMITES”:
  • Não Admite Ser Contrariado;
  • Não Respeitar as Pessoas;
  • Ser Interesseiro;
  • Quer Ser o Centro das Atenções;
  • Não Ter Responsabilidade.
Familia e aprendizagem psiqueasy
O papel dos adultos na educação dos filhos se resume a ter autoridade com firmeza, paciência e persistência nas palavras.

Atualmente é possível ver uma grande mudança na forma como os pais educam seus filhos. Estamos passando por uma crise de valores em que a falta de limites e a falta de bons exemplos por parte dos pais traçam muitas das características que as crianças carregam para a vida adulta.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


Advertisement

Milhares de pais na tentativa de diminuir o sentimento de culpa pelo pouco tempo que passam com os filhos, ou até mesmo por negligência, concedem-lhes poderes, assim também acontece com os avós, tios e outros responsáveis que não sejam os pais de sangue. Por sentirem culpa de alguma forma, tentam a todo tempo suprir sentimentos com “liberdade, presentes e muita ousadia”.

‘Síndrome do Imperador’: Crianças mandonas e autoritárias

Os ´´filhos imperadores´´ escolhem a comida que vai ser feita, onde a família vai passar as férias, ou o que vai ser visto na televisão, a hora de ir dormir ou realizar outras atividades, e assim por diante. Para atingir os seus fins, gritam, ameaçam e agridem fisicamente e psicologicamente seus pais. Pode-se dizer que o seu nível de amadurecimento no campo da empatia (capacidade de se colocar no lugar da outra pessoa) é subdesenvolvido. Por esta razão, parecem ser incapazes de experimentar sentimentos como o amor, a culpa, o perdão e a compaixão.

Síndrome do Imperador: Entrando na mente da criança autoritária
Esse fenômeno tem sido chamado deSíndrome do Imperador, uma vez que as crianças imperadoras estabelecem padrões de comportamento para satisfazer os seus caprichos e exigências acima da autoridade de seus pais ou responsáveis. Quem não cumprir as exigências da criança é vítima de birras ultrajantes e, até mesmo, agressão. A violência que os filhos exercem contra seus progenitores, aprendendo a controlá-los psicologicamente, resulta no êxito em fazê-los obedecer e realizar os seus desejos. Esta característica da personalidade destas crianças também foi apelidada de “filhos ditadores”, devido ao seu domínio incontestável na família.
 
 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


Advertisement

Características do filho imperador
 
Crianças Imperadores são facilmente distinguíveis: geralmente mostram traços de personalidade egocêntricas e têm pouca tolerância à frustração: não aceitam que suas exigências não sejam atendidas. Essas características não passam despercebidas na família, e muito menos na escola, onde as suas exigências podem ser menos satisfeitas. São crianças que não aprenderam a se controlar, nem regular os seus sentimentos e emoções. Elas têm a experiência necessária para saber quais são os pontos fracos de seus pais, a quem acabam manipulando com ameaças, ataques e argumentos inconstantes.
 
Mas, como identificar que não é “Falta de Limites”?

Para que se caracterize um transtorno desafiador opositivo, é preciso observar a ocorrência frequente (pelo período de, pelo menos 6 meses) de perda de:

  • paciência;
  • discussão com adultos;
  • recusa ao obedecimento de solicitações ou regras;
  • ações deliberadas para aborrecer outras pessoas;
  • responsabilização de outros pelos próprios erros;
  • mau comportamento e facilidade para ser aborrecido pelos outros.

Normalmente, a avaliação é feita por profissionais (neuropediatra/neurologista ou psicólogo), a partir da ocorrência nos diferentes contextos (escola, família, convivência com amigos etc). Quando a aprendizagem é afetada também é necessário procurar um psicopedagogo/neuropsicopedagogo para auxiliar no processo de intervenção.

O que temos presenciado constantemente são pais, professores que acabam por aceitar comportamentos de birra, de exigências, de não aceitação de imposições e regras como algo que vai “passar” e que não vale a pena impor limites naquele momento. No entanto, essas crianças precisam de atenção, limites e tratamento adequado para que possam aprender a tolerar frustrações, ouvir os adultos e seguir as regras que são impostas sem ataques de fúria, minimizando seu sofrimento e dos que com ela convivem.

 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


Advertisement

Como Identificar a Síndrome do Imperador?

Muitos psicólogos e psicopedagogos têm enfatizado que um dos fatores que podem levar a criança a adquirir padrões de comportamento da Síndrome do Imperador é a escassez de tempo para os pais educarem e estabelecer normas e limites para sua prole.

Podemos observar nessas crianças uma falta de hábitos afetivos familiares, negligenciando a necessidade de brincar e interagir com as crianças. Socialmente, um dos problemas que serve de base para o comportamento egocêntrico, é a atitude ultra-permissiva dos adultos com relação às crianças.

Mais uma vez a falta de limites causando sérios problemas de comportamento que poderão gerar situações muito difíceis e desagradáveis.

Saiba mais: Síndrome do Imperador

https://www.youtube.com/watch?v=Z7IFLgyOX4g

Antes de procurar ajuda de especialistas em saúde mental é necessário observar se enquanto pais tudo esta sendo feito de acordo com os valores e limites que uma boa educação deve ser. É necessário analisar se as ações e atitudes tomadas diariamente estão construindo um comportamento adequado na criança.

Imagem relacionada

“Nosso dever enquanto cidadãos e servos de Deus é conduzir aqueles que vem atrás, para que não se percam no meio do caminho e se desviem para o mal.” (Daliane Oliveira, 2018).

Muitas vezes pais tem buscado soluções onde as mesmas não se encontram. Tem criado problemas que não serão facilmente resolvidos e que mudarão o futuro da criança para sempre. A responsabilidade do “NÃO” começa em casa e segue seu rumo, pois na escola o “NÃO” também deve existir, assim como em outras instituições como Igreja.

Por que nossos valores estão tão perdidos?

Será que todo mundo decidiu transferir suas responsabilidades?

Todas as instituições devem impor limites. Cabe a Família ensinar valores e educação a seus filhos. Já na sociedade é preciso parar de construir RÓTULOS e agir com mais solidariedade e respeito pelo próximo.

Veja ainda:O que fazer após concluir minha pós em psicopedagogia?

Leia também:Profissionais tem confundido Sintomas de SPA com os de TDAH

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Chamar no Whatsapp