Dificuldades de Aprendizagem na Retomada das Aulas Presenciais
A volta às aulas presenciais, revelou que muitos alunos tem demonstrado diversas dificuldades de aprendizagem. Esse tempo “fora da escola” para uns e outros no “ensino a distância” mostra um “desconforto” no processo de aprendizagem.
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Percebe-se que houve um grande prejuízo em todas as idades no desenvolvimento de várias habilidades fundamentais para a aprendizagem. Pesquisas revelam que aulas remotas afastaram os estudantes da aprendizagem por diversos motivos. Por isso, para a Drª. Sara Zarucki, o ideal é construir um novo processo de aprendizagem que envolva a autoestima e mostre que é possível, sim, continuar na escola mesmo tendo em vista esse período de ruptura.

É possível vencer as dificuldades que essa ruptura causou a milhões de alunos em todo Brasil. O diagnóstico é um passo indispensável nesse momento.
Notar essas dificuldades nem sempre é tão fácil. No entanto, existem vários sinais que os alunos podem apresentar indicando que precisam de ajuda. Veja alguns desses sinais:
Crianças em idade pré-escolar podem apresentar:

- Problemas e demora com a fala;
 - Problema para aprender cores, formas, letras e números;
 - Não conseguir rimar palavras;
 - Possuir problemas com coordenação motora;
 - Não conseguir se manter focado, com atenção por muito tempo.
 
Crianças já na idade escolar podem ter dificuldades em:

- Seguir instruções;
 - Ser organizado em casa;
 - Entender e assimilar orientações verbais;
 - Aprender ensinamentos e lembrar das informações;
 - Ler, soletrar e falar palavras;
 - Escrever claramente (ou talvez com uma letra não tão compreensível);
 - Fazer cálculos matemáticos;
 - Terminar as lições de casa.
 
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Adolescentes e Adultos podem apresentar:

- Falta de foco;
 - Demora para realizar tarefas;
 - Ansiedade;
 - Dificuldade para realizar atividades sozinho/a;
 - Dificuldade de entender as atividades propostas;
 - Desinteresse pela escola no que se relaciona a atividades de aprendizagem;
 - Esquivamento da hora de fazer lições;
 - Desejo de não ir para a escola;
 - Falta de comunicação sobre o que acontece na escola;
 - Dificuldade para socializar com colegas;
 - Falta de uma (ou mais) disciplina favorita;
 - Irresponsabilidade;
 - Agressividade;
 - Introspecção em sala de aula e durante intervalos;
 - Dislexia. A principal característica da dislexia aparece no ato de ler e escrever, o que interfere às vezes do aluno ser fluente;
 - Discalculia;
 - Disgrafia;
 - TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade);
 - Dislalia;
 - Disortografia;
 - Foco nas qualidades.
 
Mas, como lidar com esse momento tão delicado?
O primeiro passo é a escola entender que o aluno que possui alguma dessas dificuldades de aprendizagem não é incapaz de aprender. E os psicopedagogos são peças fundamentais no processo de identificação dos mesmos. O aluno com dificuldade de aprendizagem precisa do apoio e ajuda das instituições de ensino para incentivar a integração entre os outros alunos. Uma vez que ele pode acabar se sentindo excluído ou com vergonha dos seus colegas de sala.

É de responsabilidade da escola adaptar as metodologias de acordo com a necessidade do aluno. Por isso, é importante buscar atividades dinâmicas e trazer inovação para dentro da sala de aula para atrair a atenção dos alunos com algum tipo de dificuldade. A própria instituição deve desmistificar aquela ideia de que a dificuldade de aprendizagem torna o aluno “burro” ou preguiçoso. Pois por incrível que pareça, ainda é bem comum instituições não prestarem o apoio necessário, instigando cada vez mais o preconceito.
Família é a base para vencer as dificuldades de aprendizagem.
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A família por sua vez deve servir de base e ser participativa na vida escolar com seus filhos com dificuldades de aprendizagem. A participação da família na educação deve ser constante e consciente. A qualidade da relação entre a escola e a família será decisivo para um andamento proveitoso do processo de ensino aprendizagem do aluno, porque durante o seu viver em ambos os contextos ele vai se moldando como pessoa.

Acompanhamento Psicopedagógico & Dificuldades de Aprendizagem
O papel do psicopedagogo, além de apresentar técnicas que de fato vão ajudar o aluno a vencer suas dificuldades, também trabalha para identificar as necessidades psicoafetivas do aluno, focando na sua evolução. Muitas vezes, a família integra esse trabalho em parceria com o psicopedagogo.

Fonte da Pesquisa
*Sara Zarucki é doutora e mestra em Ciências Sociais, especialista em Sociologia Urbana, Bacharel e Licenciada em Ciências Sociais. Além disso, é pesquisadora no Laboratório de Pesquisas e Estudos em Educação Superior (Lepes) e no Ciências Sociais e Educação (ICS). Publicou diversos artigos e capítulos de livros sobre a relação entre a sociologia da educação e o ensino de sociologia. Além da pesquisa sobre a formação de professores de ciências sociais e o mercado de trabalho do cientista social. E-mail para contato: sara.zarucki@gmail.com.
https://amigoedu.com.br/blogdoamigo/dificuldade-aprendizagem
