Caso Clínico: Dificuldades de Aprendizagem em Matemática (Discalculia) – Intervenção Baseada em Jogos e Adaptações Curriculares
Identificação do Caso
Paciente: Sofia (nome fictício), 10 anos, feminina.
Queixa principal: Dificuldades persistentes em matemática, especialmente em operações básicas e resolução de problemas.
Encaminhamento: Feito pela professora após dois anos de repetição de conteúdos sem progresso.
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Passo 1: Anamnese e Avaliação Inicial
Entrevista com a família:
- Os pais relataram que Sofia sempre teve dificuldade com números, confundindo operações (ex.: “+” com “×”) e esquecendo sequências (como tabuada).
- Em casa, evitava atividades que envolvessem cálculos e demonstrava ansiedade antes de provas de matemática.
Observação escolar:
- Dificuldade em entender conceitos como “maior que” e “menor que”.
- Erros frequentes em contagem e inversão de números (ex.: escrever “36” como “63”).
- Baixa autoconfiança em atividades matemáticas, frequentemente dizendo: “Nunco vou aprender isso.”
Passo 2: Avaliação Especializada
Para identificar as causas, foram realizadas:
- Avaliação Psicopedagógica:
- Testes específicos para discalculia (como TDE – Teste de Desempenho Escolar).
- Dificuldades em:
- Memória de trabalho numérica.
- Reconhecimento de símbolos matemáticos.
- Raciocínio lógico para problemas simples.
- Avaliação Neuropsicológica:
- Confirmação de discalculia do desenvolvimento, com prejuízos em processamento numérico e funções executivas.
- Avaliação Emocional (Psicóloga):
- Ansiedade matemática e crenças limitantes (“Sou burra em matemática”).
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Passo 3: Hipótese Diagnóstica
- Discalculia (transtorno específico da aprendizagem em matemática).
- Ansiedade escolar relacionada às frustrações repetidas.
Passo 4: Plano de Intervenção
Estratégias Utilizadas:
- Intervenção Psicopedagógica (Lúdica):
- Jogos matemáticos adaptados:
- “Batalha das Operações” (cartas com problemas para resolver).
- “Trilha Numérica” (tabuleiro com desafios de contagem).
- Materiais concretos:
- Uso de ábaco, blocos lógicos e dinheiro fictício para trabalhar operações.
- Jogos matemáticos adaptados:
- Adaptações Curriculares (Escola):
- Tempo extra em provas.
- Uso de calculadora para problemas complexos.
- Problemas contextualizados (ex.: usar situações do cotidiano de Sofia).
- Suporte Emocional (Psicóloga):
- Técnicas de relaxamento para ansiedade.
- Reestruturação cognitiva para modificar crenças (“Errar faz parte do aprendizado”).
- Orientação à Família:
- Atividades práticas em casa (ex.: ajudar a medir ingredientes em receitas).
- Elogiar esforço, não apenas resultados.
Passo 5: Evolução e Resultados
Após 5 meses de intervenção:
✔ Operações básicas: Passou a resolver adições e subtrações com segurança.
✔ Problemas matemáticos: Melhora na interpretação de enunciados (uso de desenhos e esquemas).
✔ Autoconfiança: Passou a levantar a mão na aula de matemática e pedir ajuda quando necessário.
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Após 1 ano:
- Sofia foi aprovada no 5º ano com adaptações mantidas.
- A professora relatou: “Ela agora vê a matemática como um desafio possível, não um monstro.”
Chaves para o Sucesso
- Diagnóstico Preciso: Identificar a discalculia evitou cobranças inadequadas.
- Ludicidade: Jogos tornaram a matemática concreta e menos ameaçadora.
- Trabalho em Equipe: Psicopedagoga, escola e família alinharam estratégias.
Dica para Profissionais:
“Crianças com discalculia precisam de repetição, mas de forma criativa. Transforme números em brincadeiras e celebre cada pequeno progresso!”
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