Situação & Resolução – Criança com agressividade e baixa tolerância à frustração.
Criança com comportamentos agressivos, crises de choro, gritos, empurrões ou recusa intensa diante de erros, perdas ou regras.
Esse comportamento pode estar relacionado a:
- Dificuldades emocionais não verbalizadas
- Transtornos de neurodesenvolvimento (TDAH, TEA etc.)
- Estilo parental autoritário ou permissivo
- Baixa autoestima e insegurança
- Dificuldade de lidar com frustrações cotidianas (não conseguir realizar uma tarefa, perder em jogos, ser corrigido, etc.)
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🎯 OBJETIVOS TERAPÊUTICOS:
- Compreender as causas da agressividade.
- Ensinar estratégias para autorregulação emocional.
- Melhorar a tolerância à frustração de forma lúdica.
- Desenvolver habilidades sociais e empáticas.
- Trabalhar autoestima, autoconfiança e controle de impulsos.
🔍 ETAPAS E AÇÕES DETALHADAS
1. Avaliação e Entrevistas
- Realizar entrevista com os responsáveis, para entender histórico de comportamento e rotina familiar.
- Aplicar instrumentos como:
- Teste de Desenho da Família (avalia laços afetivos);
- Inventário de Comportamentos (checklist de sintomas);
- Observação lúdica com mediação mínima (para ver como reage a regras e perdas).
- Avaliar atenção, linguagem, cognição, autoestima e percepção de regras.
2. Estabelecimento de Vínculo e Segurança
- Nas primeiras sessões, investir no vínculo afetivo e no sentimento de acolhimento e segurança emocional.
- Usar jogos cooperativos sem foco competitivo.
- Trabalhar expressão de sentimentos com recursos como:
- Fantoches;
- Jogo das emoções (ex: “Como estou me sentindo hoje?”);
- Cartas ilustradas com carinhas e situações.
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3. Intervenções Psicopedagógicas Direcionadas
A) Agressividade
- Trabalhar por meio de histórias terapêuticas com identificação projetiva (ex: livros como “O monstro das cores”).
- Jogo do Semáforo Emocional (verde: posso fazer / amarelo: pensar / vermelho: não posso).
- Criação de um “Cantinho da Calma” com estratégias de respiração, massinha, bola de pelúcia, frasco da calma, etc.
- Usar cartazes de regras combinadas em parceria com a criança.
B) Baixa Tolerância à Frustração
- Utilizar jogos com perda controlada (ex: jogo da memória, torre de blocos, boliche de números), mediando a frustração em cada situação.
- Desenvolver rotinas com tarefas de começo, meio e fim, elogiando o esforço e não só o acerto.
- Incentivar atividades em grupo para promover espera, turnos e cooperação.
- Trabalhar com histórias sociais sobre errar, esperar e perder.
C) Desenvolvimento de Habilidades Sociais
- Roda de conversa com perguntas como: “O que posso fazer quando fico bravo?”
- Dramatizações com bonecos ou encenações curtas de conflitos e resolução.
- Diálogos guiados com foco em empatia e escuta (ex: “Como será que o colega se sentiu?”).
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📚 Sugestões de Materiais da Psiqueasy para essa situação:
- Coleção Intervenção Psicopedagógica – volumes sobre comportamento, emoções e autorregulação.
- Coleção Trabalhando as Emoções – para identificação de sentimentos.
- Trabalhando as Habilidades Socioemocionais – com atividades práticas e histórias.
- Coleção Cartas Terapêuticas – ferramenta versátil para clínica e escola.
- Coleção Que Emoção é Essa? – Apresenta e ensina como lidar com as Emoções
🏡 Envolvimento Familiar
- Criar com os pais um “plano de ação para crises em casa”, com respostas claras e firmes, porém afetivas.
- Enviar uma lista com 5 estratégias práticas para aplicar em casa (respirar junto, rotina visual, elogio do comportamento positivo, nomear emoções, reforço positivo).
- Propor um quadro de reforço com carinhas e prêmios afetivos.
📈 Acompanhamento
- Avaliar semanalmente o comportamento nas sessões.
- Reavaliar o controle emocional e impulsividade a cada 6 sessões.
- Envolver a escola (caso necessário) com sugestões práticas e relatório profissional.
Modelo de Plano de Intervenção para essa Situação
