Dificuldades na Aprendizagem ou Ensinagem?
Em pleno século XXI as dificuldades no processo de aprendizagem e os métodos de “ensinagem”, são fatores que ainda geram muita polêmica.
Autora: Thiane Lima Balbuena Pereira
Há tempos atrás não se ouvia muito falar em dificuldades de aprendizagem, entretanto, atualmente, temos vivido nas escolas diversas situações.
Crianças que apresentam um desenvolvimento um pouco diferente dos demais colegas de classe, por vezes acabam recebendo o “rótulo” de aluno com problema de aprendizagem.
Isto posto, questionamos até que ponto este problema é do aluno?
Será que é um problema de aprendizagem ou será na “ensinagem” que já não supri os anseios deste aluno?
Estamos vivenciando uma geração totalmente diferente das gerações anteriores. As crianças atualmente tem acesso a muito mais informação do que antigamente e em tempo muito mais rápido, e isso tem influenciado bastante dentro de sala de aula.
Aquele modelo antigo de educação onde o professor era o ser ativo e o aluno o passivo, já não funciona mais nas classes de hoje em dia.
Então dizer que um aluno tem dificuldade de aprendizagem não é tão simples assim. Será que o problema não esta na ensinagem?
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Será que a metodologia utilizada não tem influenciado na dificuldade de aprendizagem deste aluno? Ou será que é um pouco de cada.
Também não se pode jogar toda a responsabilidade em cima do professor. Uma vez que sabemos que na maioria das vezes, o professor precisa lidar com diversas obstáculos tais como: salas de aula super lotadas, falta de material adequado, falta de estrutura física nos prédios e ainda a falta dos valores, que se perderam no meio dessa trajetória da educação.
Toda via, sabemos que quem quer faz e quem não quer da desculpa.
Se houver por parte do professor a vontade de ajudar aquele aluno que tem enfrentado essa dificuldade, assim como, por parte do aluno a vontade de aprender.
Cada vez mais será possível minimizar as barreiras que possam impedir o processo de ensino/aprendizagem, acarretando menos dificuldades.
Deste modo, devemos enfatizar que compete à escola promover a interação entre alunos e professores, sendo os dois como colaboradores da aprendizagem onde, todos aprendem.
Sabe-se que o meio interfere muito na aprendizagem, assim como no processo de ensinar. Uma vez que, segundo FREIRE (2006, p. 29) “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. Enquanto ensino, continuo buscando, reprocurando. Educo e me educo.”
Desta maneira, aprender é sempre ensinar e ensinar é estar em constante aprendizado. Nunca é tarde de mais para aprender e muito menos para ensinar. Sempre haverá uma maneira diferente a qual não havia sido tentada antes.
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É necessário explorar ao máximo a capacidade de cada aluno, oportunizá-los com metodologias diferenciadas, aulas lúdicas e prazerosas que instiguem neles a vontade de aprender, conduzindo-os para a superação das dificuldades e limitações encontradas.
A aprendizagem é subjetivante, cada um aprende de acordo com sua maneira. O importante não é somente a nota que lhe é atribuída ao aluno, mas sim todo o processo que o levou a aprendizagem, desde o pensamento até a formação do conceito, pois pensar é totalmente encantador e como diz Alícia Férnandez
A atividade de pensar é fascinante. Como se produz a maravilhosa e transformadora atividade de pensamento? A “fábrica” de pensamentos não se situa nem dentro, nem fora da pessoa, está localizada entre.
“Entre”, em psicopedagogia, não é uma palavra a mais, é um conceito.
A atividade do pensar nasce na intersubjetividade promovida pelo desejo de se fazer próprio que nos é desconhecido, mas também nutrida pela necessidade de entendermos e que nos entendam. O pensar, ademais, se alimenta do desejo de que este outro nos aceite como seu semelhante.
Contudo, e não menos importante, é indispensável que haja a afetividade entre educador e educando, para que se crie um elo de confiança e respeito e o sentimento de sempre poder contar um com o outro, isso enriquece o convívio e traz benefícios grandiosos para ambos.
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Referências
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa, São Paulo, Paz e Terra.
OLIVA, Luiza. Entrevista com Alicia Férnandez. Disponível em: http://vivainfancia.org.br/Entrevista_Alicia%20Fernandez.pdf. Acesso em: 10 nov 2017.
Thiana Lima
Pedagoga/Psicopedagoga
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