Psicopedagogia

Técnica de Dramatização e Espelhamento-Atendimento Psicopedagógico

Técnica de Dramatização e Espelhamento

A inclusão do psicodrama no planejamento psicopedagógico objetiva demonstrar a forma pela qual produz mudanças e desenvolvimento do paciente, em níveis de operatoriedade.

O jogo psicodramático visa a inserir uma ligação entre o imaginário fantasioso, o “real” e a realidade interior do indivíduo.

Sua aplicação clínica, trabalha com significantes e significados, nos quais a palavra perdeu o significado e quando o nível de tensão é bastante forte no aluno gera o bloqueio afetivo-cognitivo e de verbalização na comunicação (ROMANA, 1996).

A vivência revela o momento atual, sendo uma forma especial de comunicação humana transformadora. Os resultados são observados tanto na dimensão terapêutica quanto pedagógica, ou seja, na educação objetiva.

Na situação dramática, nas vivências de introspecção e operativas, e envolvimento do indivíduo com situações que mobilizam sentimentos e emoções são refletidas individualmente e/ou dentro do grupo.

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É possível observar a inter-relação entre o psicodrama e a psicopedagogia que se destina a intervir em situações diversas como nos casos de insubordinação e baixo rendimento escolar, seja em uma ou várias áreas do “conhecimento”.

A ausência de motivação para atividades pedagógicas, a baixa autoestima e os bloqueios na criatividade podem ser trabalhadas enquanto a psicopedagogia trabalha com as modalidades de aprendizagem.

O psicodrama visa a oferecer mecanismos para trabalhar os aspectos emocionais, afetivo cognitivos, sem nenhuma interpretação. Lida apenas com as dificuldades que o sujeito apresenta nos seus esquemas e relações com o meio e o “conhecimento”, aumentando a autoestima do aluno.

Segundo Pain (1992), o desenvolvimento humano é permeado de ações que compõem as atividades lúdicas como o brincar e o jogar. Ela afirma que o brincar é anterior ao jogar, o primeiro é uma forma mais livre e individual de exercício funcional e o segundo é uma conduta social que impõem regras. Abrange tanto a atividade individual e livre quanto a atividade coletiva e desenvolvimentista, num movimento progressivo e integrado, devido à sua modalidade lúdica.

O brincar é uma atividade dotada de significantes e significados que antecipa a aprendizagem, pela necessidade de brincar. Dessa forma, subsidia a inserção de “conhecimentos” formais e informais. Ocorre pelo fato de a brincadeira ser uma expressão que emerge da cultura, sendo dotada de sinais enraizados no conjunto de atividades humanas.

Paín mostra como o jogo, como atividade coletiva e regrada de aspectos lúdicos, desempenha uma função semiótica na qual o objeto presente constitui o símbolo para o objeto ausente. No jogo, a criança supera seu egocentrismo original, buscando um relacionamento cooperativo.

O trabalho focado no atendimento individual ou coletivo na psicopedagogia torna-se mais expressivo pela troca e pelo vínculo de confiança que vai se estabelecendo com o paciente ou educando (FERNÁNDEZ, 2001).

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A técnica do “espelho”

Esta técnica é muito útil. É feita em pares que ficarão frente a frente. Um elemento da dupla faz movimentos com o corpo, sendo imitado pelo companheiro que age como seu espelho. Deve-se explorar ao máximo a movimentação, incentivando e invertendo os papéis. Pode também ser efetuado entre o paciente e psicopedagogo.

Essa técnica aplicada em sala de aula é muito funcional. O terapeuta fala e as crianças pensam e repetem as orientações, uma por vez.

A ideia é levá-los a refletirem e verbalizarem:
  • Como nos sentimos espelhando e sendo espelhados?
  • Do que mais gostei? Por quê?
  • Do que menos gostei? Por quê?
  • Tive dificuldades? Em quê? Por quê?
  • Com quem foi mais fácil trabalhar?
  • Com quem foi mais difícil trabalhar? Por quê?

Pode-se aproveitar o contar histórias, para dramatização e usar o dedoche. As técnicas básicas do psicodrama, como a inversão de papéis e o solilóquio, podem ser adaptadas sem maiores problemas às metodologias escolares comuns. Em síntese se faz um movimento e o outro reproduz.

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Técnica do espelho concreto

Durante a dramatização, a criança vai fazer os movimentos em frente ao espelho. Terminada a atividade, vai ficar de frente ao espelho e dizer o próprio nome e ressaltar as situações que mais gostou e apreciou em si mesmo. Depois dessa tarefa vai ser orientada a dar os parabéns para si mesmo, olhando no espelho. Exemplo: Fulano (o nome) você está de parabéns, fez umas cenas muito boas.

Fonte de Pesquisa: : www.ucamprominas.com.br

Veja ainda:Estudo de Caso Psicopedagógico e Psicológico #02 para Análise Coletiva

Leia também:Estudo de Caso Psicopedagógico e Psicológico #01 para Análise Coletiva

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