Psicopedagogia

Frases preconceituosas que não devemos utilizar

De acordo com os dados do último Censo do IBGE, 25% da população brasileira possui algum tipo de deficiência, ou seja, são mais de 45 milhões de pessoas na sociedade sujeitas a várias situações de preconceito baseados em seus impedimentos físicos, mentais, sensoriais e/ou intelectuais.

Apesar de ser um dado relevante e que nos mostra, em números, uma das realidades do nosso país. Ele também serve para nos mostrar que ainda estamos em uma sociedade capacitista que enxerga as Pessoas com Deficiência (PCDs) e Neurodivergentes (NDs) como indivíduos “anormais” e que precisam estar em constante processo de superação e correção. 

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Mas afinal de contas o que é “capacitismo”?

O Capacitismo é uma forma preconceituosa de associar características negativas a pessoas que portam qualquer tipo de deficiência físico-motora, visual, intelectual, auditiva, de aprendizagem, condições de espectro autista, entre outras.  Ela acontece diariamente através de frases, adjetivos pejorativos e atitudes que discriminam e oprimem.

Engana-se quem acredita que essas expressões perdem a força quando não são destinadas a pessoas com deficiência. De qualquer maneira elas continuam sendo graves e não devem ser ditas a ninguém em nenhuma ocasião.

Confira agora alguns termos e frases que podemos eliminar do nosso cotidiano:

1 – “Pessoa deficiente”

Você provavelmente já deve ter escutado ou reproduzido os termos “pessoa deficiente”, “portador de necessidades especiais”, “especial” ou “deficiente” para referir-se a qualquer sujeito que possui algum tipo de deficiência. Saiba que esses termos deixaram de ser adequados conforme o tempo, pois, é uma forma de limitar os indivíduos somente as suas condições, esquecendo-se de que antes de tudo são pessoas com desejos, histórias e projetos que as guiam na sua individualidade. 

2 – “Você é retardado!

Muito usado em nosso vocabulário com a finalidade de ofender o outro, este é um termo que devemos parar de utilizar imediatamente, pois reforça que pessoas com qualquer tipo de transtorno de desenvolvimento (Espectro Autista, Síndrome de Asperger, Síndrome de Kanner, entre outras) são incapazes de adquirir novos conhecimentos e de serem aceitos na sociedade.

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3 – “Nossa, você é tão bonito(a)! Nem parece que tem um problema”

Parece um elogio, não é mesmo? Mas, na verdade, é só mais uma forma de preconceito que afirma que todas as pessoas com deficiências ou neurodivergências são feias e que sempre possuem problemas. Que tal só dizer “Nossa, você é tão bonita(a)”?

4 – “Grau leve de Down”

De acordo com o site Movimento Down, a Síndrome “é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo”, isso significa que crianças, jovens e adultos com Síndrome de Down têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população.

Portanto, é importante dizer que a Síndrome de Down não é uma doença e também não é apresentada em graus, tornando essa expressão equivocada e preconceituosa.

5 – “Você nem tem cara de autista”

Autismo não possui “cara” muito menos um padrão estético, assim como pessoas com outros tipos de deficiência não se parecem. São pessoas comuns que possuem suas individualidades e seus próprios traços físicos que estão diretamente ligados a genética e não somente a sua condição como muitos acreditam ser.

Essas são apenas algumas das expressões e termos que podemos ouvir e falar frequentemente no nosso dia a dia, mas que não são adequados muito menos agradáveis.

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Quer conhecer mais expressões capacitistas? Confira o vídeo que selecionamos para você:

Vamos dar adeus ao preconceito. Viva o respeito!

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