A quem se destina o Procedimento de Ludoterapia e Ludodiagnóstico?
Ludoterapia e Ludodiagnóstico, estratégias eficazes para desenvolvimento infantil.
Aberastury (1962), a partir de Klein, sugere que o procedimento ludodiagnóstico pode ser utilizado em crianças que conquistaram a capacidade simbólica, por volta dos 2 anos. Outros a utilizam em contextos mais primários de expressão, ou seja, com bebês. Muitos ainda questionam se num contexto lúdico a criança tem a capacidade de apresentar suas angústias ou sua problemática ao examinador, mas as pesquisas têm demonstrado que este questionamento está mais relacionado com o desconhecimento, manejo técnico ou acesso ao desenvolvimento da criança.
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Nesse aspecto, as fundamentações teóricas são infindáveis, sejam elas do âmbito psicanalítico ou não. Somente no âmbito psicanalítico temos quase um século de pesquisas, se considerarmos apenas a partir de Klein (1921). Em outras abordagens, encontraremos Arfouilloux (1976), Greenspan e Greenspan (1993), etc. É claro que a problemática da criança pode parecer algo complexo para ser expresso e compreendido, mas muitas vezes a do adulto também o é. A criança poder expressar, por exemplo, que está com dificuldades com a mãe, pois esta não permite que se relacione com os amigos, familiares ou o próprio pai.
Muitas vezes essa expressão pode ser mais difícil em contextos que envolvem separações judiciais do que em um contexto meramente de dificuldade no desenvolvimento emocional edípico. A grande questão é se a criança pode ser sujeito ou tem o poder de expressar suas vivências e a partir de que idade ela teria este poder de expressão. Com base nas teorias sobre o desenvolvimento infantil, pode‑se dizer que aproximadamente a partir dos 2 anos a criança já tem a capacidade simbólica de poder expressar as suas vivências.
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O que é preciso considerar no desenvolvimento para se ter certeza de que os dados obtidos podem ser considerados como a expressão de sua dificuldade, sem termos o compromisso com as abordagens psicanalíticas ou crenças subjetivas? É este saber sobre o processo evolutivo infantil, que pressupõe não só o domínio do manejo técnico, mas, principalmente, a condição do pesquisador sobre o desenvolvimento humano no seu sentido amplo.
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Amei o artigo, obrigada por compartilhar.